A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está enfrentando um período turbulento marcado por disputas judiciais envolvendo sua liderança. O vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, recentemente solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de um acordo que garantiu a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência.
As controvérsias se intensificaram com a alegação de falsificação de assinatura, especialmente a do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes. O ministro Gilmar Mendes, do STF, emitiu uma liminar mantendo Rodrigues no cargo, argumentando que a presença de um interventor poderia acarretar sanções esportivas.
No entanto, a autenticidade do acordo foi questionada, levantando dúvidas sobre a legitimidade da liderança atual da CBF. A deputada Daniela Carneiro, também conhecida como Daniela do Waguinho, apresentou uma petição ao STF solicitando a revisão do acordo.
O cerne da questão reside em um laudo que aponta a falsidade da assinatura do Coronel Nunes no documento. Caso a falsificação seja comprovada, a validade do acordo estaria comprometida, acarretando possíveis sanções legais. A credibilidade da CBF, já fragilizada por conflitos internos, poderia ser ainda mais afetada.
A crise atual na CBF tem raízes na eleição de Ednaldo Rodrigues em 2022, que desde então vem sendo contestada judicialmente. Apesar de um acordo ter sido alcançado em fevereiro de 2025 para encerrar as disputas, a recente denúncia de falsificação de assinatura reacendeu a controvérsia.
Fernando Sarney, um dos signatários do acordo, agora se posiciona contra Ednaldo Rodrigues e não faz parte da chapa para o próximo mandato. Sua petição ao STF representa mais um capítulo na complexa trama política que envolve a liderança da CBF, refletindo as disputas internas e a busca pelo controle da entidade.