A situação do presidente do Corinthians, Augusto Melo, tornou-se ainda mais delicada com o protocolo de um terceiro pedido de impeachment por parte do Conselho Deliberativo. Desta vez, as razões se concentram na reprovação das contas do ano de 2024, marcando o início conturbado de sua gestão.
A decisão foi tomada durante uma reunião no Parque São Jorge, após o Conselho Fiscal do clube rejeitar as contas com base nos dados apresentados ao CORI. O aumento significativo da dívida do Corinthians, que alcançou R$ 2,5 bilhões com um acréscimo de R$ 829 milhões, foi um dos pontos-chave que levaram à rejeição das contas.
O desfecho da votação revelou uma divisão entre os conselheiros, com 130 votos contrários, 73 a favor e seis abstenções. Diante desse cenário, o CORI classificou a administração de Augusto Melo como "temerária", fortalecendo os argumentos da oposição para sua destituição.
Além do pedido mais recente, o clube já enfrenta outros dois processos de impeachment em andamento. Um deles teve a admissibilidade aprovada, porém a votação final foi adiada para uma data posterior.
A oposição fundamenta suas ações na Lei Geral do Esporte, já que o estatuto do Corinthians não é explícito quanto à destituição de presidentes em caso de reprovação das contas. Segundo a legislação federal, gestões temerárias em entidades esportivas podem levar à destituição dos dirigentes, independentemente de aprovação interna do conselho.